Skip to main content

Nome: Sandra Delgado
Área de Atuação: Roteiro, Direção, Pesquisa
Programa: Bolsa
Edição: 2025
Estado: BA
Cidade de origem: Salvador, BA

Sandra Delgado é diretora, roteirista, artista visual e pesquisadora, cujas obras incluem filmes documentários, fotografias, gravuras e instalações. Nascida e criada no Brasil, mãe de 3 filhos, vive entre Rio de Janeiro e Los Angeles. Inicia sua formação como assistente do fotógrafo baiano Mario Cravo Neto, com quem trabalha de 1999 à 2001, em Salvador, sua cidade natal. Muda-se para o Rio de Janeiro e trabalha como fotógrafa e editora de fotografia do Coletivo Viva Favela, projeto de jornalismo comunitário da ONG Viva Rio de 2002 à 2006, recebendo os prêmios de "Direitos Humanos e Fotografia Documental do Open Society Institute” - Soros Foundation (2005) e o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos (2003) pelo conjunto da obra. Recebe também prêmio individual no Concurso Nacional Veracidade com a fotografia “Piscinão de Ramos”. Produziu uma série de exposições e intervenções urbanas do Coletivo Viva Favela em museus como: Centro Cultural dos Correios, Centro Cultural Light, Sesc Madureira e Flamengo e nas comunidades cariocas: Cidade de Deus, Rocinha, Complexo da Maré, Complexo do Alemão, Cantagalo e Queimados. Estudou cinema documental com os mestres Eduardo Coutinho, Geraldo Sarno e João Moreira Salles. Fez pós-graduação em “Fotografia como Instrumento de Pesquisa nas Ciências Sociais” pela Universidade Cândido Mendes no Rio de Janeiro (Brasil), formou-se em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal da Bahia (Brasil), desenvolveu pesquisa autoral na EAV - Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Brasil), fez seis meses de residência artística no espaço de arte contemporânea Flora Ars & Natura (Colombia) e estudou Film Feature na UCLA (California - EUA). Foi diretora, fotógrafa, roteirista e produtora da série documental “Terceiro Sinal” (2015), sobre o processo criativo de quatro grandes diretores teatrais brasileiros: Aderbal Freire-Filho, José Celso Martinez Corrêa, Amir Haddad e Domingos Oliveira, que estreou no canal GNT (Globo). Atualmente desenvolve o documentário “Existi” sobre a artista, bailarina, coreógrafa e autora brasileira Marilena Ansaldi, precursora da Dança-Teatro no Brasil nos anos 70. Em 2018, seu projeto híbrido "Objetos da Memória" abriu o Festival Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro - FotoRio Resiste - no Retrato Espaço Cultural, com uma instalação composta por retratos, objetos biográficos e depoimentos em áudio com as memórias dos retratados. Como roteirista e pesquisadora, trabalhou na série de drama histórico “Maria e o Cangaço” que estreou em 2025 na Disney+, baseada no livro da jornalista Adriana Negreiros que mostra o Cangaço (grupo de bandidos que atuou no Sertão nordestino nos anos 30) sob a perspectiva feminina. Seu primeiro projeto de escrita pessoal - o roteiro original de longa metragem ficcional e também sua estreia na direção é “A Estrangeira” inspirado livremente em eventos e personagens reais: na vida da fotógrafa e ativista Claudia Andujar e do missionário italiano Carlo Zacquini. Eles foram testemunhas do genocídio causado pela abertura da estrada Perimetral Norte (projeto do governo militar brasileiro) que cortou ao meio o território do povo indígena Yanomami na Floresta Amazônica nos anos 70. Há 20 anos, Sandra se dedica ao estudo da obra da fotógrafa Claudia Andujar. Em 2003, escreveu sua tese de pós-graduação e iniciou um documentário sobre ela. Em 2022, passou um período na aldeia Watoriki, acompanhada pela antropóloga e indigenista, Ana Maria Machado, onde fez pesquisa de campo para o roteiro, além de contar com a consultoria do missionário Carlo Zacquini, amigo pessoal de Claudia e seu parceiro no ativismo pela causa Yanomami.

Em 2025, Sandra foi selecionado para o Cine Qua Non Lab, Taller de Revisión de Guión e se tornou parte da Rede Paradiso de Talentos.